A General Motors confirmou a demissão de 517 funcionários da unidade de São José dos Campos (SP) neste sábado (30). Os trabalhadores já estavam com os contratos de trabalho suspensos (layoff) desde agosto. O término do vínculo com montadora acontece neste domingo (31).
Ao todo, 798 trabalhadores foram afastados das atividades no ano passado, após a GM anunciar a demissão do grupo. A empresa recuou duas semanas depois, ao realizar acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos na Justiça do Trabalho (TRT), que estabeleceu o ‘layoff’ sem estabilidade aos funcionários, adiando as demissões.
Os demais profissionais já haviam se desligado da empresa, por adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) ou por novas oportunidades no mercado.Segundo a montadora, as cartas informando as demissões já foram encaminhadas aos funcionários da fábrica.
O Sindicato dos Metalúrgicos informou que é contra as demissões e que estima um número maior de pessoas que deveriam voltar para a fábrica. O sindicato ainda informou que vai tentar agendar uma reunião com a GM e está convocando todos os trabalhadores do lay-off para uma assembleia nesta quinta-feira (4).
A General Motors tem cerca de 5 mil funcionários na cidade e produz os modelos Trailblazer e S10. A fábrica chegou a ter oito mil funcionários, mas nos últimos anos vêm reduzindo seu quadro de funcionários na cidade.
Além do layoff antes das dispensas, o acordo na Justiça do Trabalho previa o pagamento adicional de quatro salários a cada funcionário ao final do prazo. Em 2015, a empresa havia afirmado em comunicado que já havia esgotado todas as possibilidades e que o complexo de São José não estava competitivo.
Paralisação
Na segunda-feira (26), os trabalhadores encerraram uma greve que já durava uma semana por causa de um impasse no valor da segunda parcela de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O fim da greve foi votado em assembleia após sindicato e montadora chegarem a um acordo para o pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O valor definido foi de R$ 5,6 mil.
Do total de trabalhadores com contratos suspensos, 45 devem retornar aos postos de trabalho e outros 68 entraram com pedido de afastamento. Segundo a montadora, eles também devem ser demitidos ao fim das licenças.
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